terça-feira, 4 de setembro de 2012

SEMANA DA PATRIA


Poema
Juventude brasileira
Pátria
Ó minha pátria inquieta e deturpada
Quando eu verei-te livre e coroada
tranquila pelos tempos?
Homens da espada bradam:
- liberdade!
Contra a sanha da misera igualdade
que fere os vossos templos!
Já que é de glória e sangue a tua história,
se esqueça do passado esta memória
que é morto para nós!
Eu que pertenço à geração futura,
Não quero ver-te perturbada e escura,
quero ouvir tua voz!
És infeliz, no entanto!
Pela praça 
Murmura  descontente a população roubada e esquecida!
Há um vampiro a sugar teu sangue,
"trust" cruel que te abandona exangue
inerte e deprimida!
As pérolas que dão os filhos teus
Todas brilham nos cofres europeus
por mãos de charlatões!
E as tuas fontes que transportam ouro
São cobiçadas p'ra ampliar tesouro
no céu de outras nações!
E existem homens que de vil cobiça,
No trono burlam a fiel justiça
depois de a defender!
Falavam antes de um regime novo
Para ganhar a boa fé do povo
e vê-lo mais sofrer!
Outros, patronos a demagogia,
Brandam aos ventos:
- a democracia!...
quais poderosos reis!
São as restingas d'uma fidalguia,
Cérebros frescos de uma academia
apregoando as leis.
Joaquim Tomaz de Morais

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